25 agosto 2006

Finanças apertam cerco aos artistas e festas populares do distrito

Todos os empresários e artistas intervenientes em festas populares, como cantores ou animadores, estão ou vão ser alvo de uma inspecção por parte das Finanças.
Segundo a Direcção Distrital de Finanças, a palavra regra é sinónimo de incumprimento, adiantando que a percentagem de artistas infractores ronda os 99,9%, ou seja, em cada 1000 artistas/espectáculos, apenas 1 passa recibo, declarando assim o que realmente recebe.

Para combater este problema as Finanças de Leiria estão a recolher informação detalhada junto das Juntas de Freguesia e das comissões organizadoras dos festejos que proliferam pela região.
Citado por um semanário regional, António Rocha Lourenço, director distrital de Finanças, refere que as informações começam agora a chegar à sua Direcção e que, depois do cruzamento de informações, serão accionados todos os mecanismos para fazer com que os faltosos regularizem a situação, Rocha Lourenço acredita que estas acções moralizam todos os sectores e são um aviso às comissões de festas para que exijam os documentos de tributação aos artistas.
Este tipo de evasão fiscal tem muita complacência das comissões de festas, que quando confrontadas com a possibilidade de poderem pagar um preço bem mais baixo que o “real”, se para isso abdicarem de um recibo, acabam por ceder à chantagem (o chamado “xico-espertismo” português). Sai assim prejudicado o cidadão e o estado, que vê uma grande fatia dos seus impostos esbanjados em negócios paralelos. Ganham os artistas que declaram menos, pagam menos e por consequente têm mais dinheiro e mais regalias fiscais.
Ao contrário do que se pode pensar, as comissões de festas não ganham com este negocio, se todos fossem cumpridores, não haveria uma pressão/chantagem por parte dos animadores festivos para a não passagem de um recibo, obrigando-os a levar preços mais baixos, caso contrário as comissões de festas contratariam artistas que pudessem ser suportados pelo seu orçamento.
Quando o que havia de ser excepção se torna regra, é porque algo está a funcionar mal. Esperamos que este tipo de fiscalizações tenha algum efeito prático.

23 agosto 2006

Praia das Rocas e Fluvial do Mosteiro com animação

Realizar-se-á no próximo dia 26 de Agosto, na Praia das Rocas, Castanheira de Pêra, o Luau 94, evento da responsabilidade da rádio 94 FM de Leiria. Esta festa, de entrada paga, oferecerá aos seus visitantes 8 horas de música e diversão, dando-lhes a conhecer o CD Dance Music, editado por aquela estação.
Até ao próximo dia 25 de Agosto, e associado ao programa “Rede de Praias Fluviais do Pinhal Interior”, realizar-se-ão na praia fluvial do Mosteiro, Pedrógão Grande, várias actividades desportivas e lúdicas. Será atribuído a cada dia uma temática diferente. A organização e logística deste evento está a cargo da organização associativa, sem fins lucrativos, Lousitânea – Liga de Amigos da Serra da Lousã. O TERTÚLIAdoPINHAL tentou saber em maior pormenor, junto desta entidade, que tipo de actividades seriam realizadas, até ao momento, e passadas 3 semanas desde o nosso contacto, ainda não obtivemos qualquer resposta, pelo que não nos é possível apresentar um calendário mais detalhado sobre os eventos a realizar. Já o site oficial do evento,
www.praiasfluviais.com, encontra-se em construção, parece que esta associação amiga do ambiente não premeia as novas tecnologias como forma de divulgação dos seus eventos. De referir que esta iniciativa tem vindo a ser levada a cabo desde o dia 26 de Junho, desde então esta iniciativa já passou por inúmeras praias fluviais, como Praia das Rocas, Poço Corga, Aldeia Ana de Aviz, Praia Fluvial de Ribeira Grande, etc… Abrangendo assim todas as praias fluviais das autarquias que aderiram ao projecto da Rede de Praias Fluviais do Pinhal Interior.
Se estiver interessado, e não conseguir participar nas actividades realizadas na Praia Fluvial do Mosteiro, esta iniciativa estará ainda entre os dias 28 de Agosto e 1 de Setembro na P.F. Cascalheira em Arganil, de 4 a 8 de Setembro, estará em simultâneo na P.F. Peneda em Góis e na P.F. Pomares em Arganil, finalmente do dia 11 ao dia 15 de Setembro as contempladas serão a P.F. da Lousã, na Lousã, e a P.F. Piódão em Arganil.

Gostava também de destacar que no dia 25 de Agosto haverá actuação do grupo The Pride na P.F. Mosteiro, o espectáculo será patrocinado pela Junta de Freguesia de Pedrógão Grande, à semelhança do que foi feito, no dia 5 de Agosto, pela Junta de Freguesia de Vila Facaia. Estranho que esta iniciativa esteja inserida num programa que a J.F. Pedrógão Grande tem realizado neste últimos anos, com a intenção de animar as noites dos Pedroguenses em Pedrógão Grande, denominado por “Noites da Junta”. Caso para dizer, pela escolha do local, e tentando não entrar em teorias da conspiração, pura coincidência ou disputa territorial?!?!

18 agosto 2006

Desemprego na nossa região contraria tendência nacional

Os últimos dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) dão conta de uma ligeira subida do desemprego no centro de emprego de Figueiró dos Vinhos, este centro de emprego abrange os concelhos de Figueiró dos Vinhos, Ansião, Alvaiázere, Pedrógão Grande e Castanheira de Pêra.
São mais 25 desempregados comparando os números com os de Julho de 2005, em termos percentuais falamos num aumento de desemprego na ordem dos 2.6%.
O despedimento recente de 12 funcionários, num total de 50, da fábrica de recauchutagem de pneus SONUMA e o conflito laboral na empresa de alcatifas e tapetes Poortere e Cuf Associados (Cuf Têxteis), em Ansião, onde metade dos 70 empregados têm a receber um valor próximo de cinco mil euros em subsídios de férias e Natal, em atraso desde o início da década, e onde no passado mês de Julho os trabalhadores só receberam metade do ordenado, são o exemplo de duas entidades empregadoras a seguir com bastante preocupação nos próximos tempos.
Este aumento de desemprego na nossa região contraria categoricamente a tendência registada a nível nacional neste último ano, onde o número de desempregados do país tem vindo a diminuir, havendo hoje a nível nacional menos 5.1% de desempregados, o que em termos quantitativos representa um universo de 436.901 desempregados registados nos IEFP’s.
Estes valores são bastante representativos e elucidativos, demonstram que andamos a circular em contra-mão na auto-estrada da prosperidade, havendo tão e somente três destinos possíveis para esta nossa falta de atenção; ou fazemos uma introspecção consciente e damo-nos conta do caminho que levamos e passamos a circular na direcção correcta; ou somos “capturados” por uma entidade superior e colocados “em ordem”; ou então estamos tão perdidos e sozinhos que nem nós nem ninguém dá conta da enorme trapalhada em que nos metemos, e aqui há duas soluções, ou chocamos com os que circulam no sentido correcto e consciencializamo-nos de vez de quais devem ser as nossas prioridades, ou sofremos um embate tão violento e brusco que nunca mais conseguiremos recuperar.
O desemprego é amigo da desertificação, há que gastar dinheiro para os tentar combater, não se esqueçam dos problemas da nossa região neste tempo de férias. Os bons políticos não são aqueles que nos fazem “jeitos” e tentam ganhar eleições com atitudes momentâneas, bons políticos são aqueles que pensam em nós como um todo que deve viver melhor.

Sugestão para noite de verão: O pianista

Um filme a ver numa destas noites de verão. É um filme sempre actual e deveras interessante.
Relembrando o período negro da nossa sociedade este filme ajuda-nos a não esquecer o que um sistema racista e faccioso consegue fazer.
Aqui a maioria não tinha querer nem poder, remetia-se a obedecer.

Sinopse do filme (em português do Brasil):
Durante a II Guerra Mundial, o famoso pianista judeu polonês, Wladyslaw Szpilman, vê sua família ser deportada em 1942. Ele consegue salvar-se, por puro acaso, do comboio da morte. Um policial, músico também, o arranca do vagão. Mas é enclausurado junto com outros milhares de judeus no Gueto de Varsóvia, errando às escondidas durante mais de dois anos e passando por sofrimentos, humilhações e lutas impossíveis numa Varsóvia dominada pelos nazistas. Doente, solitário e faminto, deve sua vida a um outro oficial alemão, católico, Wilm Hosenfeld, que tem uma paixão exagerada pela música. Abalado pelos crimes nazistas, decide ajudá-lo a sobreviver.
Três etapas dividem o filme: a opressão sufocante da sucessão de leis anti-semitas, que os judeus da época queriam acreditar, a cada novo decreto, que aquele seria o último. O medo, frente ao nazismo, presença estranha e desumana, que ameaçava pessoas e famílias inteiras. Enfim, o inexplicável dos crimes imprevisíveis e frios, que não deixam margem para esperanças. Polanski consegue fazer esta reconstituição com rara autenticidade. No filme "O Pianista", não se chora, mas um sentimento de revolta e de raiva se apodera do espectador diante da maldade dos carrascos.
Neste filme, o diretor Roman Polanski quis reatar seus laços com sua origem judeu-polonesa, com infância passada no gueto de Cracóvia. Sua mãe morreu no campo de concentração e, embora seu pai tivesse sobrevivido, o mais terrível de tudo é que uma criança resiste a tudo, mas fica marcada para sempre quando é separada dos pais, diz Polanski em entrevista a "O Estado de São Paulo", em 9 de outubro de 2002. Sempre soube que um dia faria um filme sobre o Gueto de Varsóvia, sobre esse período doloroso da história da Polônia, mas não queria que fosse autobiográfico. Desde a leitura dos primeiros capítulos das memórias de Szpilman, soube que "O Pianista" seria objeto de meu próximo filme. Era a história que eu precisava: apesar do horror, positiva e cheia de esperança. Sobrevivi ao bombardeio de Varsóvia e ao gueto de Cracóvia e quis recriar as lembranças de minha infância. Quis ficar o mais perto possível da realidade e não filmar à moda de Hollywood. A história de Spzilman permite a Polanski reviver sua própria história e o tema do isolamento humano, tão caro a ele, reaparece no filme através de janelas: quando Spzilman é obrigado a pular de abrigo em abrigo, de um apartamento de amigos poloneses para outro, vemos o Gueto de Varsóvia através de seus olhos. Vemos o que ele vê e, mais importante ainda, da forma como ele vê. Esses fatos estão inscritos na sua consciência e vão moldar sua memória para o resto da vida.

No livro que escreveu, Szpilman nunca se coloca como herói, mas como um sobrevivente acidental, um homem que por ironia do destino deve sua vida ao inimigo.

10 agosto 2006

Envie fotografias para o TERÚLIAdoPINHAL, nós publicamo-las.

Com a recente proliferação de telemóveis com máquina fotográfica e das máquinas fotografias digitais, qualquer um de nós pode, nos dias de hoje, tirar rapidamente uma fotografia a uma situação de especial peculiaridade e passa-la para o computador. Aproveitando estes avanços que a tecnologia nos vai presenteando, e fazendo um repto à vossa veia foto jornalística, convidamo-vos a pegar nas vossas máquinas digitais e a enviarem-nos fotografias de situações ou ocasiões que achem interessantes. Por exemplo: Uma placa de sinalização que está mal colocada ou ilegível, um esgoto a céu aberto, um carro da policia estacionado num local de estacionamento proibido, uma rotunda ou outra obra qualquer mal feita, a casa do vizinho pintada de roxo, etc.
Enviem as vossas fotografias para tertuliadopinhal@gmail.com, indiquem no mail o local onde foi tirada a fotografia e em que dia.
Juntos vamos expor ao mundo as situações mais caricatas da nossa região, concelho ou freguesia.
Serão posteriormente criados artigos para publicação das fotografias, num máximo de 3 fotografias por artigo.