31 dezembro 2009

Carlos Lopes, ex-candidato pelo PS à autarquia de Figueiró dos Vinhos, arguido por suspeita de crimes de corrupção

A novela do ex-deputado socialista e ex-candidato pelo PS ao município de Figueiró dos Vinhos, Carlos Lopes, parece não terminar. Segundo as mais recentes evoluções do caso, publicadas pelo jornal JN, Carlos Lopes foi constituído arguido por suspeita de crimes de corrupção e financiamento partidário ilegal, cometidos, presumivelmente, na angariação de donativos de empreiteiros para as eleições autárquicas de 2005, que tinham como candidato Fernando Manata.
Carlos Lopes foi investigado pela Polícia Judiciária (PJ) por alegadamente ter exercido influência directa, junto de empresários da construção civil, para obter fundos para a recandidatura de Fernando Manata, do PS, à presidência da Câmara de Figueiró dos Vinhos (CMFV), distrito de Leiria. As eleições, de Outubro de 2005, seriam ganhas pelo PSD.
Além de coordenador da campanha dessa recandidatura, Carlos Lopes já era deputado à Assembleia da República (AR). E, segundo a investigação, terá invocado a condição de deputado, e os contactos que ela lhe proporcionava, para melhor convencer construtores a darem dinheiro, em numerário. Para o efeito, chegou a utilizar as instalações da AR para reuniões com alguns empresários, apurou a Unidade de Combate à Corrupção da PJ.
O inquérito, desencadeado por uma denúncia anónima, é dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). E foi atrasado pela morte da procuradora Manuela Rego e pela sua substituição por Orlando Figueira, o actual titular.
Mas a imunidade parlamentar de Carlos Lopes também não ajudou. Em Março passado, um juiz pediu que ela fosse levantada e, dois meses depois, a Comissão de Ética da AR acedeu. Mas Carlos Lopes veio a ser o candidato do PS à presidência da CMFV, nas últimas autárquicas, que perdeu, e só recentemente seria constituído arguido.
Quando a investigação foi remetida para o DCIAP, em Julho passado, o processo tinha 13 arguidos (Carlos Lopes é o 14.º). Além de Pedro Lopes, ex-vereador e irmão de Carlos, e de Luís Silveirinha, técnico superior da autarquia e mandatário financeiro da campanha de 2005, todos os outros são construtores. E, maioritariamente, com empreitadas realizadas em Figueiró. Quase todos os arguidos foram alvo de buscas da PJ, em 2006, que também visitou a autarquia.
As suspeitas de corrupção são sustentadas, nomeadamente, em alegadas promessas feitas, a quem contribuísse com donativos, de novas obras públicas no município, se o PS vencesse as eleições. O que não veio a suceder, apesar de Carlos Lopes ter dito a empresários, em telefonemas escutados pela PJ, que o PS tinha um estudo, da Eurosondagem, que lhe dava 22 pontos de avanço sobre o PSD. Ainda assim, argumentava que o PSD estava a utilizar muitos meios na campanha e que o PS não podia facilitar.
O PS de Figueiró, a cuja concelhia presidiu Carlos Lopes, contabilizou despesas e receitas de campanha de 40 mil euros, mas, efectivamente, terá recebido 67 mil (29 dos quais de subvenção pública) e gasto 64 mil. Apesar de só ter recebido a denúncia e começado a investigação, com escutas, na pré-campanha, a PJ foi a tempo de ouvir Lopes, que também era candidato à Assembleia Municipal, a pedir parte daquele diferencial de 27 mil euros, não declarados. A angariação de fundos, porém, terá sido iniciada ainda em Fevereiro de 2005.

De mediador de seguros a deputado
Licenciado em Administração Regional e Autárquica, Carlos Alberto dos Santos David Lopes foi, além de mediador de seguros, chefe da Divisão Administrativa e Financeira da Câmara de Figueiró dos Vinhos e chefe de gabinete do ex-presidente da autarquia, Fernando Manata. No PS, exerceu funções de presidente da Comissão Política Concelhia de Figueiró dos Vinhos e cargos na Distrital de Leiria. Em 2005, foi coordenador da campanha de recandidatura de Fernando Manata à presidência da Câmara de Figueiró, e integrou as listas de candidatos a deputado do PS. Mas num lugar que só lhe garantiu assento no Parlamento após o candidato Alberto Costa ter sido nomeado ministro da Justiça. Este ano, ficou de fora das listas das legislativas e foi o militante escolhido para tentar reconquistar a Câmara de Figueiró dos Vinhos ao PSD. Perdeu e assumiu o cargo de vereador, na oposição.

Fique a saber todo o desenvolvimento feito pelo Tertúlia do Pinhal sobre este caso clicando aqui.
(Com: Jornal de Noticias)

33 comentários:

Anónimo disse...

afinal havia outro

Anónimo disse...

Não há condições ...essa coisa toda ... o que fará a Comarca agora? ...essa coisa toda .... continua a ignorar ... essa coisa toda ... ou será que essa coisa toda agora também não é noticia ... essa coisa tota ...

Anónimo disse...

" ...a PJ foi a tempo de ouvir Lopes, que também era candidato à Assembleia Municipal, a pedir parte daquele diferencial de 27 mil euros, não declarados. A angariação de fundos, porém, terá sido iniciada ainda em Fevereiro de 2005." ...

E isto hein !?

Anónimo disse...

Quem é que pode acreditar no Lopes se ele próprio aqui no blog já escreveu que nunca foi Chefe de gabinete do Manata ? Quando na verdade o foi e até o próprio currículo dele na pagina da AR assim o indica .

Lopes só têm uma saída decente: a demissão a exemplo de outros que o fizeram por bem menos.

Anónimo disse...

"O PS de Figueiró, a cuja concelhia presidiu Carlos Lopes, contabilizou despesas e receitas de campanha de 40 mil euros, mas, efectivamente, terá recebido 67 mil (29 dos quais de subvenção pública) e gasto 64 mil." ...

Como é que é ? Como é que foi ? Há ganda lopes !!!!

Anónimo disse...

números que vinham na revista Sábado nº 272 de 16 a 22 de Julho de 2009: um rendimento de 44 mil euros em 2004 e depósitos bancários de 315 mil euros.

isto terá a haver com ... essa coisa toda ... !?

Anónimo disse...

"Acho que um político - autarca, deputado ou governante - acusado, pronunciado ou condenado por crimes especialmente graves - como corrupção, peculato ou fraude fiscal, por exemplo - está fortemente diminuído na sua autoridade, na sua credibilidade e nas condições para o exercício de um cargo político, comprometendo, assim, o prestígio da política e a imagem das instituições".

MARQUES MENDES tem razão é uma vergonha para eles, mas se calhar já estão habituados, e para a democracia se não abandonarem de imediato os cargos públicos que ocupam aliás como fizeram outros neste país e no estrangeiro.

Anónimo disse...

Ser arguido não quer dizer culpado mas com com todas estas informações e estes pormenores é um caso que assume proporções complicadas para os envolvidos.

De notar que com a saída de anteriores notícias carlos lopes nunca as desmentiu factualmente como os dados da revista Sábado e nunca, que se saiba, accionou judicialmente os jornais e revistas que publicaram as noticias se estas eram falsas.

Porquê ? Possivelmente porque como diz o povo não há fumo sem fogo.

E agora qual é a credibilidade que a partir de agora os cavalheiros envolvidos terão ? Quem é que a partir de agora vai acreditar em alguma coisa que estes digam, proponham ou prometam ?

Com que cara se apresentam a defender ou criticar orçamentos, projectos, contas de gerência, empréstimos ... ?

Como se sentirão ao serem chamados a pronunciar-se e a aprovar concursos de obras apresentados por empreiteiros ? Por ventura até por alguns presumivelmente contactados .

Até tudo estar esclarecido em tribunal a única posição digna, para o Partido a que pertencem, para a dignificação da politica e dos políticos e até para sua protecção é a demissão de todos os cargos políticos e o não tentar agarrarem-se como lapas a uma situação que pelos vistos com o andar do tempo a todos enlameia.
Alguns outros em que a ética é para eles uma referência de vida fizeram-no e em situações de simples suspeição e nada comparadas como podemos ler pela comunicação social com esta.

Anónimo disse...

É de lamentar que se diga tanta coisa e que nada se resolva.
Pergunto que condições tem este cavalheiro para continuar como chefe de gabinete do governador civil de leiria.
Como se sentirá o governador tendo esta pessoa como seu número dois, palavras do "grande" jornal da nossa comarca.
para já por aqui me fico.
Estou à espera de ler mais desenvolvimentos no Jornal a Comarca. Ou não...

Anónimo disse...

uma pergunta simples mas de difícil resposta:
Como é que são investigados e constituídos arguídos por tentativa de corrupção activa, coagindo empreiteiros, o Carlos Lopes, o Pedro Lopes e o Luís Silveirinha e escapa o "chefão"? será que ele não tinha conhecimento de nada destas coisas?

Anónimo disse...

" ...apesar de Carlos Lopes ter dito a empresários, em telefonemas escutados pela PJ, que o PS tinha um estudo, da Eurosondagem, que lhe dava 22 pontos de avanço sobre o PSD... "

Grande sondagem devia ser igual aquela que lhe dava a vitoria nestas ultimas eleições

Anónimo disse...

A partir de agora estão todos muito fragilizados e o governo civil não pode ignorar este caso que também o afecta

Anónimo disse...

Venha ou não a provar-se as acusações uma coisa é certa politicamente estão mortos. Tudo o que uma politica séria, honesta, credível e eticamente responsável exige já perderam.

Só lhes restaria enveredarem pelo clube dos Isaltinos & Valetins o que seria muito mau para eles mas o futuro reserva-nos muitas surpresas....

Anónimo disse...

os seguidores do grande líder andam todos de orelha murcha

Anónimo disse...

Para o PS de Figueiró manter um presidente arguido é muito complicado.

vamos ver de que são feitos os socialistas de cá

Anónimo disse...

Recomendar-se-ia aos socialistas locais que reforçassem as suas preocupações com a ética e a credibilidade na vida politica se não dá no que se vê ...

Anónimo disse...

Laurentino Dias secretário de estado da juventude e desporto, aquele que veio inaugurar as bancadas do campo de futebol, exonerou o seu adjunto Pedro Policarpo arguido e acusado de desviar fundos publicos dois dias depois do DN ter dado a noticia.

In DN de 31 Dezembro 2009

E o governo Civil está à espera de quê ?

Anónimo disse...

Pelos vistos ainda continuam a ocupar os lugares. Começamos a não ter dúvidas do que representa a ética e a credibilidade para o exercício de um cargo político, comprometendo, assim, o prestígio da política e a imagem das instituições.

Anónimo disse...

à mulher de césar não basta ser séria é preciso parecer

Anónimo disse...

Aceitam-se inscrições para o filme " Vale tudo desde que seja da nossa cor " com o patrocínio de seguidores indefectíveis com o tema: se forem dos nossos não há mal nenhum, se forem dos outros é crime !

Anónimo disse...

É preciso dizer que quem ocupa cargos públicos está sujeito e deve estar ao escrutínio público. Isso de passar uma esponja e tentar branquear ou anular a informação é do tempo da outra senhora.
A propósito da outra senhora é bom irem ao site da biblioteca municipal, Imprensa local e Jornal Norte do Distrito de 25 de maio de 1955 e vejam o artigo e o autor" Obrigado, Salazar! " página 4.
Há ...pois ééé !!!!

Anónimo disse...

Onde pára a seriedade, o rigor e a ética ?
Antes é porque nunca tinham sido ouvidos e não sabiam de nada, agora que são arguidos será porquê ?

Anónimo disse...

É muito estranho que haja alguém que não queira saber e que desvalorize actos que como todos lemos na comunicação social foram, alegadamente, cometidos por detentores e no exercício de cargos públicos. Felizmente que existem outras pessoas que pensam de outra forma que exigem saber a verdade, seja qual for. Pessoas que presam a transparência, o rigor, a honestidade, a credibilidade. A vida publica tal como a vida privada tem valores que devem ser preservados e cultivados. Há quem não os conheça.Exigem-se consequências!
Portugal não pode continuar a conviver com casos mal explicados que envolvem altas figuras com cargos publicos. Por muito menos, Miguel Cadilhe, Murteira Nabo, António Vitorino ( o ministro António Vitorino, titular das pastas da Defesa e da Presidência, demite-se alegadamente por se considerar sob suspeita num caso de fuga a impostos que iria ser denunciado, no dia seguinte, no jornal 'o Público'), demitiram-se dos respectivos governos.
Os de cá a bem da democracia já deviam ter feito o mesmo. Cada dia que passa é mais um prego no caixão da democracia.
Mas pelos vistos decisões dessas não são para todos !

Anónimo disse...

O carlos lopes deveria,a bem da imagem dele (bastante fragilizada) e da própria camara de Figueiro, demitir-se do cargo de vereador. DEpois demitia-se do cargo de presidente da concelhia do PS de Figueiró, e pediria uma suspensão do seu emprego no governo civil. Pois neste momento as suas aparições publicas, só causam desconforto. A comarca, uma vergonha, um jornal, onde uma pessoa controla tudo, e ainda por cima amigo de abraço do carlos lopes, mais uma vez não mencionou nada deste caso. E tiveram a lata de colocar uma fotografia em ponto grande, aliás unica, sobre um evento onde o carlos lopes estava, como convidado, mas centrando nele toda a importancia da noticia. UMA VERGONHA TREMPAS, DEVERIAS TER VERGONHA.

Anónimo disse...

O que levará a Comarca a ignorar, continuamente, o interesse jornalístico da questão ?

Anónimo disse...

Temos uma Câmara e uma Assembleia envergonhadas, presumivelmente por actos em funções publicas de dois arguidos

Anónimo disse...

Figueiró está mal completamente parado e o PS refém de dois arguidos.

A alternativa está no CDS. Começámos na Aguda vamos estender-nos ao Concelho.

Viva Figueiró.

Anónimo disse...

E eles ainda lá estão ...

Anónimo disse...

Essa coisa toda do Salazar é obra.

E tão "democratas" que eles são !?

Anónimo disse...

"Carlos Lopes, ex-candidato pelo PS à autarquia de Figueiró dos Vinhos, arguido por suspeita de crimes de corrupção" ... e irmão.

Vale mais acompanhado do que só !

E continuam como se não fosse nada com eles !!!!! Nem uma explicação pública dão.

Se calhar ainda não sabem de nada!?

Digammm -lhes !!!!!!!!!

Anónimo disse...

A saída é uma medida de higiene politica

algarve mor disse...

Olha olha o gajo dos submarinos.... não deves ter espelho em casa pá

algarve mor disse...

Qual vergonha qual carapuça pá, sois todos iguaizinhos!!! Quereis todos é tacho